Após ter entrevistado mais de 2000 pessoas nos últimos anos, para as mais diversas funções que iam desde as operacionais até funções executivas e de liderança, posso dizer que não há mágica a ser dita no curriculum até por que o mágico neste caso é você e se não souber realizar a mágica, não vai conseguir o que procura. Há no entanto algumas sugestões que podem, pelo menos "não retirar" seu curriculum da seleção logo na primeira leitura. Aqui vão algumas delas:
- o seu curriculum deve ser simples, claro e de fácil leitura e organização das informações. Não polua com quadros, planilhas e desenhos. Evite usar modelos padronizados. Isto demonstra "preguiça" ou falta de criatividade.
- use um programa programa (software) de conhecimento de todos. Eu por exemplo sou um grande usuário de word e considero mais do que suficiente. Seja qual for aquele no qual tem mais habilidade, lembre-se que do outro lado, o entrevistador pode não ter um programa igual e não vai conseguir abrir seu arquivo.
- Evite colocar sua foto. Lembre-se que as empresas sérias contratam profissionais capazes, competentes e produtivos. Na grande maioria dos casos, a aparência não entra em julgamento. Se ela for levada em conta mais do que o necessário, prefiro acreditar que a empresa não é séria.
- Ao colocar seu endereço, lembre-se que a pessoa que vai ler raramente tem um "guia de ruas" nas mãos. Portanto coloque pontos de referência conhecidos e próximos ao seu endereço. Algo conhecido e que dirá ao entrevistador que a Rua José Benedito Pinto, que é onde você mora fica próximo ao Cristo Redentor, por exemplo. Isso facilita a vida do analista e evita que você seja chamado para uma entrevista a 2 horas e meia de sua casa. No dia a dia esse percurso vai prejudicar sua produtividade. "Seu curriculum é bom mas o entrevistador não tem tempo para ficar olhando no guia ou no google maps para descobrir se você mora perto, longe ou do outro lado do mundo."
- A empresa precisa saber aquilo no que você de fato é bom. Não é necessário mencionar empresas onde você atuou apenas para não ficar desempregado, mas não teve uma permanência que indique que você é uma pessoa profissionalmente estável. Em resumo, se trabalhou em algumas empresas por apenas poucos meses, não mencione. Inclua apenas aquelas onde você de fato pode aplicar seu potencial e realizar conquistas. Se todas as suas experiências foram curtas, você precisa investir na sua empregabilidade. Este será o meu próximo post no Blog. Fique ligado e siga este Blog. Certa vez eu recebi um curriculum de um candidato com 40 anos de idade e que atuou, nos últimos 15 anos em 17 empresas. Ná média ele ficou menos de um ano em cada empresa e em nenhuma delas superou os 2 anos de permanência. Como alguém pode acreditar que esta será uma boa contratação? Pode-se dizer que ele era um funcionário "efetivamente" temporário.
- seja objetivo em suas colocações. É recomendável dizer tudo escrevendo pouco. Muitas páginas e bem recheadas, podem desmotivar o entrevistador.
- mencione sua formação mas não precisa mencionar os nomes das escolas. Atualmente isto não é mais necessário.
A seguir você vai ter mais algumas dicas importantes de alguns especialistas que certamente ajudarão você a construir um currículum eficaz. Boa sorte.
O que escrever no Curriculim para seduzir o entrevistador?
Na ânsia por fisgar o recrutador, grande parte dos profissionais recorre a expressões que viraram clichês no mundo corporativo. O Linkedin, rede de relacionamento profissional, divulgou recentemente os 10 termos mais utilizados nos perfis dos brasileiros em 2010. São eles: dinâmico, ampla experiência, inovador, motivado, proativo, focado em resultados, empreendedor, trabalho em equipe, multitarefado, valor agregado.
Para o especialista em carreira Lindsey Pollak, "expressões como 'ampla experiência' e 'experiência comprovada' podem parecer vazias para um empregador potencial e prejudicar mais do que ajudar um perfil ou currículo". Segundo ele, "o melhor é destacar anos de experiência, conquistas e resultados, como um aumento significativo nas vendas."
Matilde Berna, diretora de transição e gestão de carreiras da Right Management, afirma que um currículo, para chamar a atenção do selecionador, deve exibir a história profissional de maneira estratégica. "O importante não é a quantidade de informações, mas as informações estratégicas", afirma.
Seria irrelevante para o diretor de uma empresa, por exemplo, destacar experiências de estágio. "A informação deve ser coerente ao contexto profissional. É fundamental informar no currículo os resultados obtidos ao longo da carreira", diz Matilde.
Na visão de Giuliana Hyppolito, consultora de recursos humanos da DMRH, na busca por uma vaga de emprego vale mencionar características pessoais valorizadas pelo mercado, mesmo que este não seja o principal foco do currículo. Segundo ela, o dado pode ser útil tanto para o candidato como para o selecionador. "Um profissional que diz ser dinâmico não vai querer trabalhar em uma empresa monótona."
Giuliana destaca que os interesses ou as competências comportamentais do candidato devem ser descritas em um campo específico. No entanto, a consultora salienta que a informação é opcional. Ela ressalta que o indivíduo deve conhecer bem suas habilidades antes de expô-las no currículo. "O candidato deve exibir as competências descritas no documento durante a entrevista de emprego. Vender uma falsa imagem é um risco."
Meio Digital
Os sites de emprego e as redes sociais têm se mostrado ferramentas efetivas e facilitadoras na busca por emprego, atesta Giuliana. De acordo com ela, a internet é o primeiro canal utilizado pelas empresas para comunicar suas vagas. "Mas é preciso expor o conteúdo com cautela para não prejudicar a imagem profissional", adverte.
"Tudo o que surge no mercado como uma modernidade deve ser rapidamente incorporado pelo profissional. A internet tem ajudado muito as pessoas a ampliarem o network", destaca Matilde Berna, da Right Management.
Colaboração do site: http://www.administradores.com/